Estudo experimental do IBGE utilizou dados da PNAD Contínua e aponta um contingente de 7,4 milhões de teletrabalhadores em 2022.
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE divulgou estudo a respeito do contingente de pessoas em regime de teletrabalho no país, realizado mediante acordo de cooperação técnica com UNICAMP e Ministério Público do Trabalho, que utilizou dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua – PNAD Contínua do quarto trimestre de 2022.
As estatísticas divulgadas são experimentais, pois estão em fase de teste e sob avaliação, mas foi possível apurar que em 2022 cerca de 7,4 milhões de pessoas estiveram submetidas ao teletrabalho, ou seja, ativaram-se ao menos parcialmente em localidade alternativa ao local padrão de trabalho, com utilização de equipamentos de tecnologia da informação e comunicação (computadores, telefones, tablets) para realizar suas atividades profissionais.
A pesquisa também apurou que:
- o contingente de pessoas em teletrabalho representava 7,7% do total de ocupados que não estavam afastados do trabalho (96,7 milhões);
- a proporção de mulheres em teletrabalho (8,7%) foi superior à dos homens (6,8%);
- o grupo etário com menor proporção de trabalhadores nesse regime foi dos adolescentes de 14 a 17 anos (1,2%) e o maior percentual ficou com o grupo de 25 a 39 anos (9,7%);
- a média de horas de trabalho por semana foi pouco superior entre teletrabalhadores (39,7 horas contra 39,3 de quem não trabalhou desta forma);
- o rendimento médio dos teletrabalhadores (R$ 6.479,00) foi maior em relação aos que não trabalharam neste regime (R$ 2.398,00);
- 49,6% dos domicílios do total de ocupados tinham computador e internet e entre os teletrabalhadores a proporção foi de 91,2%.
O estudo também avaliou características do trabalho por meio de plataformas digitais e maiores informações poderão ser obtidas no link: https://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/livros/liv102035_informativo.pdf.
Nossos profissionais encontram-se à disposição para quaisquer esclarecimentos sobre o assunto.
Por: Dr. Cassius Marcellus Zomignani
